Grupo de Apoio ao Paciente Onco-hematológico do estado do Ceará
Na luta contra o câncer você não está só.

O que é Linfoma?

  Os Linfomas são um tipo de câncer do Sistema Linfático. Há dois tipos de linfomas, a Doença ou Linfoma de Hodgkin (que recebeu o nome do Dr. Thomas Hodgkin, o primeiro médico a descrevê-la em 1832) e os linfomas não-Hodgkin (que embora sejam parecidos com Linfomas de Hodgkin são tratados de forma diferente). Os Linfomas geralmente tem início nos órgãos do Sistema Linfático, que inclui principalmente os gânglios linfáticos, baço e amigdalas.

Os gânglios linfáticos são órgãos pequenos em forma de feijão, encontrados sob a pele no pescoço, nas axilas e na virilha, além do tórax, abdome e pélvis. Dentro dos órgãos do Sistema linfático existem células (que são pequenas estruturas que só podem ser vistas com o microscópio) que são chamadas de LINFÓCITOS e são elas que ficam doentes quando uma pessoa tem LINFOMA. Os LINFÓCITOS FAZEM PARTE DO NOSSO SISTEMA DE DEFESA.

Como é o tratamento?

  Os linfomas são tratados com QUIMIOTERAPIA. Nesse tipo de tratamento são utilizados medicamentos, que serão aplicados por via endovenosa (na veia), diluídos geralmente em soro fisiológico (então é como se o paciente estivesse tomando um soro na veia). Dependendo do tipo de Linfoma o paciente recebe uma combinação de 3 a 5 tipos de medicamentos. Essa combinação recebe o nome de PROTOCOLO, que são criados por médicos especialistas no assunto, baseados em resultados de vários estudos feitos com uma grande quantidade de pacientes portadores da doença. Geralmente as pessoas não precisam ficar internadas em hospitais para receber esse tipo de tratamento. Ele é feito em locais chamados “HOSPITAL DIA”, que são especializados em fazer esse tipo de tratamento. O paciente recebe a medicação e em seguida pode ir para sua casa. A duração do tratamento com quimioterapia vai depender de uma série de coisas: idade do paciente, estágio da doença, tipo de doença, doenças anteriores ao câncer que o paciente possa apresentar (hipertensão arterial, diabetes, problemas cardíacos, problemas pulmonares, etc…), mas geralmente dura em torno de seis meses a um ano. Muitas vezes é preciso associar radioterapia a quimioterapia (para aumentar as chances de cura do paciente). O que sabemos atualmente, demonstrado por uma grande quantidade de estudos é que quanto mais precocemente iniciarmos o tratamento, maior chance de cura para o paciente.

Duração do Tratamento

  É variável, pois vai depender do tipo de tumor, do estado geral do paciente, e da proposta de tratamento ou esquema terapêutico indicado pelo médico. Será explicado ao paciente e sua família todo o procedimento e o tempo previsto do tratamento antes de iniciá-lo. O paciente será avaliado periodicamente. Cada pessoa responde de maneira diferente, por isso existem regras específicas quanto a duração. Após cada ciclo de quimioterapia (sessão) o paciente passa por um período de descanso que permite ao organismo recuperar-se dos efeitos colaterais. Através de exame de sangue, de imagem, entre outros, o médico vai avaliar a eficácia da quimioterapia sobre o tumor. Algumas vezes dependendo do resultado, o tratamento proposto poderá ser mudado, parcial ou completamente, onde a troca por outros medicamentos pode resultar em uma resposta mais eficaz. É importante informar ao médico se você está fazendo uso de qualquer outro tipo de medicamento. Caso for internado, leve os medicamentos que estiver tomando e entregue a Enfermeira Responsável do Setor.

Quimioterapia e os efeitos colaterais

  O tratamento do câncer produz reações diferentes de pessoa para pessoa, de acordo com o medicamento utilizado. As principais áreas do corpo que podem ser afetadas são aquelas onde as células normais se dividem com maior rapidez, como é o caso da pele, cabelo, boca, medula óssea e o sistema digestivo. É bom lembrar que quase todos os efeitos colaterais são temporários e desaparecerão gradativamente após o término do tratamento quimioterápico. Entretanto, se os efeitos colaterais forem muito intensos, não hesite em comunicar ao médico, que certamente prescreverá medicamentos que o ajudarão a combater os sintomas. Para ajudar a diminui-los, seguem-se algumas orientações úteis.
Na Pele – Alguns quimioterápicos podem causar modificações na pele, tornando-as mais secas, escuras e sensíveis ao sol. Quando ficar exposto ao sol, use filtro solar com alto fator de proteção para evitar queimaduras e manchas. As unhas também poderão escurecer e seu crescimento tornar-se mais vagaroso.
  Nos Cabelos – Alguns medicamentos não causam queda de cabelo, outros causam perda parcial ou total, este é um dos efeitos colaterais mais comuns na quimioterapia. Em alguns casos pode haver queda de pelos dos órgãos genitais, sobrancelhas e cílios, assim como de todo restante do corpo. Esta queda decorrente da quimioterapia é geralmente determinada pela lesão do fio e não da raiz. Podendo o couro cabeludo tornar-se mais sensível antes da queda. Portanto, penteie o cabelo vagarosamente, use produtos suáveis, evite permanente e tinturas que enfraquecem rapidamente os fios. Mantenha os cabelos curtos, diminuindo o peso e retardando a queda. O couro cabeludo é sensível ao sol, portanto proteja-o com chapéu, lenço, peruca ou apenas filtro solar. Lembrar-se que a queda de cabelo cessa após o término do tratamento, e a recuperação completa leva alguns meses com crescimento de 1,5 cm por mês em média.
  Náuseas e Vômitos – As náuseas e os vômitos são efeitos associados a alguns tipos de quimioterápicos, que podem ter duração de horas, ou dias, porém muitos pacientes não manifestação estes sintomas e com a medicação atualmente existente, administrada previamente a quimioterapia com o objetivo de prevenir ou controlar os sintomas, o número de pessoas que apresentam é mínimo. Uma boa forma de controlar é tomar bastante líquido um dia antes da quimioterapia.

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